Se sempre tiveste essa dúvida, ou tinhas uma ideia de como seria, descobre agora o que acontece aos teus dejetos quando estás dentro de um avião. Muitas pessoas tem medo de utilizar a casa de banho de um avião. O primeiro avião com casa de banho foi o Russky Vitiaz. Ele foi projetado por Igor Sikorski e testado em 13 de maio de 1913. Entretanto foi o Handley Page W.8. que tinha casas de banho a bordo de todos os seus modelos. A viagem de estreia foi entre Londres e Paris, num avião inaugurada em dezembro de 1919.
Nas casas de banho “terrestres” o autoclismo mantém uma quantidade de água; logo atrás, o cano do autoclismo sanitário que leva os dejetos faz uma curva para cima e outra para baixo, e que, somente depois, vai para o esgoto; nessa curva, uma quantidade de água fica acumulada e, quando a descarga é acionada, uma quantidade de água é libertada.
E nos aviões?
O funcionamento dos autoclismos sanitários é diferente. Nas aeronaves é utilizado o sistema de vácuo. Esse sistema não depende da gravidade e tem como base a diferença de pressão entre o interior da tubulação e o ambiente. O ar vai empurrar os dejetos que terão outro destino. O avião não poderia usar o sistema a água pois poderiam acontecer problemas durante turbulências.
As fezes são acumuladas num reservatório no fundo dos aviões. Quando a viagem é finalizada, o reservatório é limpo e o material é enviado para estações de tratamento de esgoto. Aviões intercontinentais geralmente tem dois reservatórios de 250 litros cada. Por serem pressurizados e ficarem no fundo da aeronave, eles não emitem mau cheiro.
Lei
A legislação aeronáutica estipula que se tenha 1 casa de banho para cada 50 passageiros. Estima-se que cada pessoa elimine 1,4 litros de fezes e urina em 24 horas. Em baixo do vaso sanitário existe uma caixa de esgoto de aproximadamente 50 litros. Nela os dejetos são transformados em líquidos através da ação de um bactericida, facilitando o tratamento do esgoto.